O deputado Federal Rogério Marinho (PSDB/RN), relator do projeto de reforma trabalhista, que entrará em votação na próxima quarta-feira (12), na Câmara dos Deputados, falou aos empresários do LIDE Brasília, num almoço-debate onde estiveram presentes os secretários de governo do Distrito Federal Valdir Oliveira, da pasta Economia e Desenvolvimento Sustentável, e Thiago Jarjour, secretário adjunto de Trabalho, os deputados federais Izalci Lucas (PSDB/DF) e Alberto Fraga (DEM/DF), além de deputados distritais e líderes de entidades de classe.
O relator da reforma trabalhista começou a explanação explicando que fará uma grande reforma, a maior desde a Constituição Federal de 1988, corrigindo situações que eram coerentes nos anos 50, mas que não fazem mais sentido ainda estarem na CLT. Da mesma forma, as mudanças envolvem a entrada de setores da sociedade que não existiam e que hoje são grandes empregadores. O deputado Federal pontuou os principais itens de discussão e emendas propostas por todas as categorias, como sindicatos, entidades de classe, trabalhadores e empresários.
Rogério Marinho foi o convidado dos membros do LIDE BRASÍLIA, para o almoço realizado hoje (10), no Hotel Kubitschek Plaza. Recebido pelo presidente do grupo de empresários, Paulo Octavio, o deputado Federal respondeu a várias perguntas dos empresários da cidade e deu explicações de como a economia brasileira será afetada beneficamente com as mudanças, principalmente para reverter o quadro de mais de 30 milhões de desempregados, citado por ele. O convidado disse esperar que as mudanças propostas no relatório sirvam para reerguer o país e dar força ao empresariado, categoria que ele considera como responsável por sustentar e impulsionar o País.
Dentre os pontos da reforma trabalhista que mais despertaram perguntas dos presentes foram as alterações que visam diminuir a judicialização dos processos trabalhistas, a carga tributária para contratação de empregados e o grande número de sindicatos existentes no país, cerca de 12 mil. Rogério Marinho lembrou que países como a Argentina possuem apenas 100 sindicatos.
O projeto de reforma da Previdência foi o terceiro projeto que mais recebeu emendas na história da câmara, segundo o deputado Federal, 844 emendas, originárias de 75 mil páginas de estudos entregues à Comissão de Reforma da Previdência, vindas de toda sociedade, além de quase uma centena de reuniões com entidades de classe. O convidado revelou que mudará cerca de 100 artigos da CLT. Dentre eles, o relator citou o artigo que impede que uma mulher mova ação contra o patrão, se este for pai, marido ou irmão.
Rogério Marinho disse esperar que os deputados federais estejam à vontade para votar a reforma no próximo dia 12, uma vez que o projeto e suas emendas contemplam todas as categorias, protegendo o trabalhador e as relações trabalhistas.
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