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Desemprego em queda mostra força da economia do DF

Ações do GDF ajudaram para que 19 mil pessoas voltassem ao mercado de trabalho. Pesquisa mostra que taxa reduziu 2%

26/11/2021 às 11h36
Por: Da Redação Fonte: Secom DF
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O Distrito Federal alcançou a menor taxa de desemprego dos últimos cinco anos. Atualmente, ela está em 16,8%, referente a outubro de 2021, uma redução de quase 2% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados estão na Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal (PED-DF), realizada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese) e divulgada nesta sexta-feira (26).

A redução do desemprego no DF vem se acentuando mês a mês. Em outubro deste ano, o contingente de desempregados foi estimado em 278 mil pessoas, 19 mil a menos que o observado no mês anterior

Segundo o presidente da Codeplan, Jean Charles Lima, pelo menos três fatores foram fundamentais para a redução. “O avanço da vacinação aliado aos incentivos econômicos do governo e à quantidade de obras em andamento são os responsáveis pela alta no número de contratações”, comenta o especialista, acrescentando que a sazonalidade também contribui para o aumento das contratações, visto que tem chegado o período de vendas de Natal.

Ele acredita que para os números continuarem reduzindo, agora, é necessário que a economia do país saia do lugar. “É evidente que o GDF tomou várias medidas para criar novos postos de trabalho, mas não estamos isolados. Também são necessárias medidas macroeconômicas”, complementa Jean Lima.

A pesquisa aponta outro dado positivo: o grupo de baixa renda é o mais contratado. Eles representavam 32% dos desempregados e a taxa caiu para 19,8% | Foto: Renato Alves/Agência Brasília
A pesquisa aponta outro dado positivo: o grupo de baixa renda é o mais contratado. Eles representavam 32% dos desempregados e a taxa caiu para 19,8% | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

A redução do desemprego no DF vem se acentuando mês a mês. Em outubro deste ano, o contingente de desempregados foi estimado em 278 mil pessoas, 19 mil a menos que o observado no mês anterior, resultado da redução no número de pessoas em desemprego aberto (-6,9%, ou -18 mil) e da relativa estabilidade daquelas em desemprego oculto (-2,7%, ou -1 mil).

A pesquisa aponta outro dado positivo: o grupo de baixa renda é o mais contratado. Eles representavam 32% dos desempregados e a taxa caiu para 19,8%. Foi justamente isso que aconteceu com Rafaelle Fernanda de Oliveira Paulino. Aos 39 anos de idade, ela que é pós-graduada na área de educação física, se viu desempregada quando as academias de ginástica precisaram fechar. “Fiquei 10 meses desempregada. O sentimento era de impotência e humilhação. Agora, trabalho em uma empresa de serviços de instalação e manutenção de equipamentos de segurança em condomínios prediais”, conta.

Entre as medidas anunciadas pelo governo, o Pró-Economia é um dos que já têm ajudado a alavancar vagas. O primeiro foi lançado em maio deste ano, com 20 medidas para fomentar a economia da capital e evitar que precisem fechar as portas, aumentando o desemprego

Só quem viveu a experiência de estar fora do mercado de trabalho sabe a importância de fazer parte das estatísticas dessa queda. Leonardo Barros, 37 anos, passou pouco mais de um ano à procura de recolocação no mercado de trabalho. “Eu era vendedor de uma marca de telefone que ficava dentro de shopping. Com a pandemia, a loja fechou e o empregador ainda manteve nosso emprego por dois meses e depois fomos desligados”, relembra. O novo emprego veio em junho deste ano, após um processo seletivo e agora a renda vem do trabalho de consultor de vendas e merchandising.

O comércio, principalmente a área de vendas, é um dos que mais tem contratado, junto de serviços e da construção civil. Segundo a pesquisa da Codeplan, em outubro do ano passado, o setor de serviços contratou 926 mil pessoas. Este número subiu para 985 mil neste ano. No comércio, as contratações subiram de 225 mil em 2020 para 239 mil neste ano. Fazendo o recorte apenas dentro das agências do trabalhador, que fazem o intermédio entre as pessoas que buscam emprego e empresas do DF, as vagas para serviços, obras e comércio são as que mais aparecem.

Incentivos

Com as obras por toda parte no DF, os empregos também foram alavancados. A título de exemplo, somente nas obras ligadas à Secretaria de Obras, pouco mais de 20 desde 2019, foram gerados 20 mil empregos diretos e indiretos

Entre as medidas anunciadas pelo governo, o Pró-Economia é um dos que já têm ajudado a alavancar vagas. O primeiro foi lançado em maio deste ano, com 20 medidas para fomentar a economia da capital e evitar que precisem fechar as portas, aumentando o desemprego.

Um novo pacote de medidas, o Pró-Economia II, foi lançado na quarta-feira (24), com o objetivo de cumprir uma máxima econômica: a redução ou facilitação do pagamento de tributos para aumentar a arrecadação. As ações do governo foram elogiadas por diversos setores, que vão sentir na prática os reflexos do incentivo do Estado na criação de mais empregos e renda.

“Ao longo desses dois anos, adotamos várias medidas de redução, isenção e prorrogação de pagamento de impostos e, assim, conseguimos aumentar a arrecadação, trazer mais empresas para o DF e aumentar a quantidade de postos de trabalho”, avalia o secretário de Economia, André Clemente. “Nossa expectativa é de que a economia do DF continue crescendo. Graças a um trabalho de construção econômica, feito desde o início de 2019, com o fortalecimento do ambiente fiscal, a atração de investimentos para o Distrito Federal e o aumento da arrecadação”, complementa.

Com as obras por toda parte no DF, os empregos também foram alavancados. A título de exemplo, somente nas obras ligadas à Secretaria de Obras, pouco mais de 20 desde 2019, foram gerados 20 mil empregos diretos e indiretos. Em construções e reformas de novas escolas vinculadas à Secretaria de Educação, mais três mil empregos foram gerados. Com o lançamento do Pró-Economia II e novas obras previstas para 2022, a expectativa é de mais geração de empregos.

Para o secretário de Trabalho, Thales Mendes, todos esses incentivos criam um clima para aquisição de novos bens. “Isso permite que todo o setor produtivo  se sinta influenciado a fazer novas contratações.  Já temos percebido isso no aumento da oferta de vagas nas agências do trabalhador e também no número de carteiras assinadas”. Somente nesta sexta-feira, mais de 400 vagas estão abertas nas agências.

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