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Comunidades Tradicionais Denunciam Criminalização e Violência no Oeste da Bahia

Brejo Verde, em Correntina, vive dias de tensão com invasões, prisões arbitrárias e destruição, enquanto comunidades tradicionais lutam pelo direito à terra.

20/05/2025 às 07h55 Atualizada em 20/05/2025 às 08h06
Por: Da Redação
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Solange Moreira Barreto e Silva, camponesa, fecheira, militante do MAB e agente comunitária de saúde. Foto: Patricia Sousa
Solange Moreira Barreto e Silva, camponesa, fecheira, militante do MAB e agente comunitária de saúde. Foto: Patricia Sousa

Organizações e movimentos sociais denunciam a crescente criminalização de militantes e comunidades tradicionais de Fundo e Fecho de Pasto no Oeste da Bahia. A ação coordenada por forças policiais e decisões judiciais tem gerado insegurança entre trabalhadores rurais que lutam pela permanência em seus territórios.

Na última sexta-feira (16), Solange Moreira Barreto e Silva, camponesa, fecheira, militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e agente comunitária de saúde, e seu esposo, Vanderlei Moreira e Silva, foram presos de forma arbitrária no aeroporto do Rio de Janeiro (RJ), onde estavam a passeio. A detenção ocorreu sem informações sobre as acusações contra eles.

Além do casal, outros quatro trabalhadores possuem mandados de prisão em aberto, sem conhecimento das razões das denúncias. Desde o dia 16, advogados vêm solicitando acesso ao processo na Comarca de Coribe, mas os pedidos têm sido negados, impedindo o direito à ampla defesa.

Nos últimos dias, os ataques às comunidades se intensificaram. O rancho do Fecho de Pasto Brejo Verde foi destruído e queimado, e áreas do Fecho de Entre Morros foram ocupadas por homens armados que impediram o manejo de gado. Hoje (19), cerca de oito viaturas da polícia invadiram casas em Brejo Verde e Aparecida do Oeste sem mandados de busca, ameaçando familiares dos fecheiros criminalizados.

A região Oeste da Bahia registra históricos conflitos agrários, e desde a década de 1970, comunidades tradicionais denunciam invasões e violência promovidas pelo agronegócio. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Correntina lidera o ranking de conflitos no estado, com 132 registros entre 1985 e 2023, números que aumentaram nos últimos anos.

Diante desse cenário, entidades exigem a libertação dos fecheiros presos, a habilitação dos advogados no processo e o fim das incursões policiais nas comunidades tradicionais. A luta pela regularização fundiária segue como prioridade para evitar novos episódios de violência e garantir o direito à terra das comunidades de Fundo e Fecho de Pasto.

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